Erosão dentária e dentes sensíveis - o que fazer?

Em sua última consulta, você disse ao dentista que seus dentes estão sensíveis. Seu dentista confirmou que você está sofrendo de erosão dentária, que é o desgaste dos dentes. O que está acontecendo e o que você pode fazer? Muitas pessoas sofrem tanto com a erosão como com a sensibilidade dentária, ou seja, a dor ou desconforto resultante da erosão.

A erosão pode ocorrer em decorrência do consumo de bebidas e alimentos ácidos, doces, estresse e bruxismo, só para mencionar algumas causas. Para evitar o aumento da sensibilidade ou que algum dente venha a tornar-se sensível no futuro, tente fazer o seguinte:

- Escove seus dentes corretamente com uma escova de cerdas macias. Peça ao dentista que ensine a você a técnica correta de escovação.

- Ingira menos alimentos ou bebidas ácidas. Se você toma bebidas ácidas, use um canudo para minimizar o contato com os dentes. Isso ajuda a reduzir a erosão ácida.

- Faça uma lista do que você come, para determinar se a sensibilidade está ligada ao consumo de alimentos e bebidas.

- Use um creme dental e um antisséptico com flúor que ajudam a fortalecer o esmalte dos dentes.

Se você tiver sensibilidade dentária, pense em usar um creme dental com flúor e um ingrediente dessensibilizante para evitar a dor. Consulte seu dentista e faça uma avaliação de sua saúde bucal a fim de evitar a sensibilidade dentária. 

Cremes dentais especiais para crianças

A higiene bucal é de grande importância na vida das crianças, antes mesmo do nascimento dos primeiros dentes. Utilizando-se de uma gaze ou uma fralda para higienizar a gengiva do bebê, sem pasta de dente somente com água. A maneira correta nesse período é fazer movimentos circulares suaves na região da gengiva, língua e bochecha, retirando assim a placa bacteriana que acumula nessa região.

Com o nascimento dos primeiros dentes o ideal é utilizar escovas próprias para idade com cerdas bem macias, ainda sem o creme dental ou utilizando cremes sem flúor e preferencialmente sem corantes. 

A partir de um ano de idade, já pode ser recomendado o uso de creme dental com flúor. O risco de cárie deve ser avaliado pelo odontopediatra, que vai orientar o uso ou não do creme dental nessa idade. A quantidade de pasta de dente nessa idade sempre vai ser pequena, o equivalente a um grão de arroz. Assim como a orientação de não engolir a pasta de dente. 

O creme dental é um auxiliar na escovação. Os agentes principais na higienização são escova de dente e fio dental, que com o atrito remove a placa bacteriana. Sempre deve se lembrar de que a pasta possui componentes químicos em sua composição, esses ajudam na prevenção de cáries, mas em grandes quantidades podem causar danos. Como o flúor ajuda na prevenção de cáries deixando o esmalte mais resistente, torna-se tóxico quando ingerido em grandes quantidades, podendo causar danos futuros nos dentes permanentes das crianças, a fluorose. 

A fluorose é uma doença causada pelo excesso de ingestão de flúor, presente em muitos alimentos, água que bebemos e principalmente nos cremes dentais mais utilizados pela população. Ela afeta o esmalte dos dentes permanentes que ainda vão erupcionar, produzindo manchas e em alguns casos mais graves deixando o esmalte poroso e amarelado.

Existe uma interpretação errada quando se fala que o creme dental causa a doença fluorose. Ela não é causada pela concentração de flúor no creme dental, e sim, pela ingestão de uma grande quantidade do produto. Por isso a importância de colocar pouca quantidade de creme dental na escova e não engolir a espuma feita. O creme dental é para ser usado pela criança com supervisão de um adulto, com uma orientação previa de um dentista.

Osteoporose e os dentes

A osteoporose é uma doença metabólica crônica e progressiva, caracterizada por uma taxa de reabsorção óssea maior que a de formação, ocorrendo perda de massa óssea, fragilidade e suscetibilidade a fraturas. Essa patologia acomete o organismo, tanto em  nível sistêmico, quanto em âmbito bucal. Outra forma de manifestação da doença faz-se muito comumente na faixa da pós-menopausa, advinda da redução da produção dos hormônios ovarianos, principalmente do estrógeno.

Diagnóstico e Tratamento

A densitometria óssea é considerada pela Organização Mundial da Saúde como padrão ouro para o diagnóstico de osteoporose, configurando-se como o método de maior precisão e o mais utilizado. É realizada na coluna lombar e no fêmur proximal, permitindo diagnóstico precoce da doença, avaliação do risco de fratura e monitoração do tratamento. 

O principal objetivo pretendido com o tratamento da osteoporose é a prevenção primária ou secundária de fraturas. A abordagem terapêutica não farmacológica ou farmacológica é multifatorial.

Recomendam-se, a todos os pacientes, orientações para a correção de hábitos de vida deletérios, como: 

- parar de fumar;

- parar de consumir álcool e café em excesso;

- realização de atividade física;

- tomar sol;

- ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D. 

Osteoporose e os dentes

A osteoporose pode acometer a cavidade oral e suas adjacências e os sinais manifestos nessas estruturas são conhecidos. Os efeitos da osteoporose na cavidade bucal são representados:

- pela redução do rebordo alveolar;

- diminuição da massa e densidade óssea maxilar;

- diminuição da espessura óssea cortical, representada pelo aumento da porosidade cortical da mandíbula; 

- alterações periodontais, configurando a presença desta doença óssea como indicador de risco que contribuiria para a progressão da doença periodontal. 

O ideal é o cirurgião dentista ter uma visão geral do paciente, não somente analisando a boca, e sim analisando como um todo.  Aspectos como idade, hábitos dos pacientes, saúde geral, entre vários outros podem ajudar o dentista a diagnosticar precocemente uma doença e encaminhar o quanto antes para o médico especialista.

Fonte: Yahoo